sábado, 22 de dezembro de 2012




Hoje imprimi as ilustrações pensando na questão da materialidade do livro. Qual escala usar? Qual encadernação? Escolhi a escala das aquarelas originais; um retângulo de 12 x 12,5 cm. 
Porque não fazê-las maior? 
Quis preservar um tamanho que as mãos possam manipular facilmente e que também seja como um segredo, como aquele potinho de conchas que a menina segura e presenteia ao mar. 
Após escolher um tamanho, coloquei as imagens em cima da cama e assim que a minha irmã mais nova, Sofia (6 anos) viu, imediatamente começou a montar a sua própria história. Gostei muito de ver como ela brincou com cada imagem e se apropriou da narrativa. Essa seria uma maneira de manter o livro, com as páginas sendo como cartas com as quais podemos brincar de montar histórias. 






Porém, eu ainda imaginava e desejava que o horizonte fizesse parte da forma do livro e além disso, embora seja maravilhoso que as cenas possam ser reorganizadas, eu gostaria que elas seguissem a narrativa inicial pois assim manteriam a aura silenciosa que a história necessita. Sendo assim, montei um boneco do livro em sanfona, o formato que já havia planejado desde o início:








Gostei bastante do resultado; a encadernação em sanfona dá a possibilidade de ler o livro como habitualmente o fazemos e, com apenas o movimento de abri-lo, o horizonte está ali. Vendo-o fisicamente, os espaços em branco entre uma imagem e a outra antes mencionados, não fazem falta, a narrativa segue seu tempo necessário, mudando apenas quando desejamos que ocorra. 




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